sábado, 27 de novembro de 2010
Concluindo..."Palavreando"!!!!
Foram 4 anos de postagens. No início nada frequentes, depois passaram a ser registros de aprendizagens que foram aumentando.
E foi a partir daí que pensei em quantas palavras foram escritas! Quantos pensamentos expressos! E depois mudados!!! E daí o poder das palavras...mais articuladas, menos preparadas, mais fortes, de revolta, de alegria, pedagógicas ou simplesmente de amor...não precisa o absolutismo, a única certeza...precisa coerência.
Que a junção das palavras sejam de demonstração de crescimento, de aprendizagem.
Durante esta caminhada no PEAD, mesmo que não tivesse dado-me conta as palavras assumiram uma conotação extremamente importante, pois retratam um processo em ebulição. Ora repletos de arrogância, ora disfarçando a ignorância, ora contemplando um emaranhado de aprendizagens, ora demonstrando tristezas e mágoas eminentes, por vezes alegrias e felicidades estupendas.
Concluo pensando o valor das palavras e principalmente o quanto registrá-las se faz necessário. Só foi possível perceber se houve ou não crescimento através, também, da retomada, aprofundamento e reflexões em cima do que foi escrito anteriormente.
E eu? Sigo...palavreando!!!!!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Tempo de idéias!
Finalmente chegamos ao último semestre!
Não coloco isto pela felicidade em estar acabando, porque estou com a sensação e o "gostinho" de quero mais.
Mas porque chegamos ao período de construção do TCC! Medos, questionamentos, dúvidas...construções, "desconstruções", verdadeiras "demolições", orientações e por vezes desorientações, muita leitura, muita pesquisa, concentração, foco!!! UFA! É um período em que tudo é muito.
Adquiri um conceito novo em matéria de MUITO e MAIS, onde tudo que é MUITO fica redundante e tudo que é MAIS vira MENOS.
Muitos teóricos, muitas leituras, fundamentação e argumentação...passei a travar uma batalha com a formatação da ABNT, as citações e referências, criando confusão, o mundo burocrático que interfere e se faz necessário.
Tem sido um momento de reflexãoem cima de um foco, de uma pergunta, de uma questão.
Momento de concentração e escrita. Momento de sentir e teorizar, momento de comprovar e de pensar a prática.
Me sinto alinhavando uma roupa! Construindo pedaços de um todo e juntando-os...
Tem sido um momento tumultuado, mas de muita produção.
Um tempo que sei que vai trazer saudade!
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Estágio...Winnicott ensina!
Estava inquieta e angustiada com o fato de ter uma turma diferente do que já havia tido...completamente dependedentes da fala e da ordem da professora, sentados enfileirados, acreditavam que estudar, conhecer só se dava ao utilizar o caderno e o quadro de giz.
Tinha duas inclusões da classe especial e mais algumas informais, que chamavam minha atenção, por serem alunos sem laudo, sem direito à atendimento extra classe, sem ajuda da família e, portanto, casos de alunos exclusos e multirepetentes.
Observei o resultado do abandono, do descaso em tratar, da negligência e dos maus tratos, quando os pais não exercem seu papel de cuidadores e delegam à escola este papel e a escola ao invés de buscar incluí-los, exclui-os.
Quando se tem um aluno, ou mais, que não segue o estereótipo desejado pelo professor, este aluno é rotulado, descriminado e mantido longe das chances de construir suas aprendizagens.
Foi este ponto que permeou meu estágio: de que maneira conseguiria incluí-lo de maneira efetiva e responsável, na rotina da sala de aula...Todas as atividades propostas com a turma e individualmente para ele visavam a construção do conhecimento e incluí-lo na turma, de maneira que ele apreciasse aprender, apreciasse construir.
Enquanto ele aprendia, ele me ensinava. Eu aprendi com ele que a dedicação, a construção, o holding("colo") que Winnicott tanto falava, na escola deve ficar à cargo da professora. Pois é ela que precisa acolher e resignificar a aprendizagem do aluno ex(in)cluso.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Água da fonte!
Pesquisava artigos, lia livros e quanto mais eu lia e conhecia, mais mudanças aconteciam.
Aprendizagem não rima com mediocridade. Percebi, com embasamento teórico e prático, que as aprendizagens que estava tendo diariamente e que envolviam ou abrangiam desde como se dá a construção do conhecimento até a Educação de jovens e adultos, não mais passavam por mim sem provocar "efeito", alguma "reação"...geralmente de mudança para melhor.
As aulas foram todas importantes, afinal beber da água limpa "direto da fonte" é algo muito bom, também.
Nas aulas de LIBRAS desmistifiquei muitas idéias erradas que tinha tais como: todo surdo é mudo e vice-versa, tratava LIBRAS como uma linguagem e não como língua, tal qual a portuguesa e desconhecia o básico à respeito desta necessidade especial.
Em EJA nos foi possível discutir a situação proposta ao ser criada e a situação atual nada agradável. Fizemos os Banners para apresentação dos trabalhos em grupo e apresentamos em aula, discutindo e mostrando esta situação em que a Educação de Jovens e Adultos encontra-se.
Em Linguagem e Educação uma das partes que mais me chamou atenção foi a questão da fantasia na criança. Estava enfrentando pressão de colegas para encaminhar um aluno para tratamento especializado porque ele fantasiava histórias.
A partir do estudo e das leituras, propus-lhe que escrevesse em um caderno o que fantasiava. O resultado? Ótimas histórias, ao meu ver e ainda hoje ele me encontra na escola e diz que seu caderno está quase cheio.
Concluo esta postagem feliz, pois o "saldo" ao final do semestre foi positivo ao me fazer crescer como pessoa, profissional e principalmente por continuar a mudança, que ao meu ver, deve ser permanente, como educadora...
domingo, 17 de outubro de 2010
Efervescente!
"Os "olhos " com que "revejo" já não são os "olhos" com que "vi". Ninguém fala do que passou a não ser na e da perspectiva do que está passando". Paulo Freire.
Começo esta postagem com a citação de Paulo Freire por demonstrar exatamente como tenho me sentido ao olhar, ao reler minhas postagens.
Relendo as situações, experiências, momentos vividos.
Neste primeiro semestre, tentei aplicar em aula o PA, conforme as professoras o tinham feito conosco. Foi ótima a recepitividade, as crianças começaram a serem autoras a sua própria aprendizagem. Foi ao abrir o "leque de opções" para uma aprendizagem construída e ver o quanto era prazeroso aprender e ensinar desta forma, que pude começar a olhá-los de maneira única e individual. Estudávamos sobre inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais e questões étnicoss raciais e foi lendo e pesquisando sobre inclusão que meu olhar voltou-se para outro lado, que muitas vezes achamos inviável, e percebi ter um aluno com altas habilidades. Encaminhamentos foram feitos, na hora do laudo final a constatação: o aluno tinha altas habilidades.
No final do semestre, quando as aprendizagens estavam ''efervescendo" na minha cabeça, mudando a minha vida como aluna, mãe e principalmente como educadora, quando a vontade de pesquisar estava despertando em mim o desejo de querer mais, de continuar a estudar, de cada vez mais buscar aprender a construir com meus alunos, com meus alunos, meu pai teve a sua situação de saúde agravada, necessitando de companhia e cuidados constante. Durante este período, ao fazer companhia a ele, conversamos muito sobre educação (quando estava lúcido), sobre a alegria de estar mais perto da formatura, sobre os planos para este dia...Ao lado dele, quanto mais estudava e lia, mais crescia a convicção, a certeza de que podia melhorar a cada dia. Após a morte do meu pai, veio a confirmação de que nunca aprende-se tudo em plenitude e que pior do que iqnorar algo é querer permanecer na iqnorância.
Por ele...pelo que vivemos quero crescer a cada dia mais.
domingo, 10 de outubro de 2010
Um ninho com ouro!
No segundo semestre de 2008, começamos a experimentar e conhecer o PA (projeto de aprendizagem).
A melhor maneira de aprendermos? Experimentando. E foi isto que fizemos. Exploramos nossa curiosidade, nossos conhecimentos prévios, enumeramos nossas dúvidas temporárias e certezas provisórias. Pesquisamos, escrevemos coletivamente e registramos descobertas.
Com o tempo, fomos confirmando ou não as certezas provisórias e respondendo às dúvidas temporárias.
Minhas postagens e reflexões foram voltadas para esta parte e também para as aprendizagens sobre Organização e Gestão Escolar, Organização do ensino fundamental e Escola, cultura e sociedade.
Conforme estudava misturava, em algumas postagens, indignação e esperança em relação à situação que eu vivia na minha escola.
Era uma situação de confrontar o estudado com a realidade...dura realidade!
Aprendi e conheci leis que eram "distorcidas" ou utilizadas de acordo com as "necessidades" dos gestores.
Este segundo semestre também foi pontuado por continuar de licença gestante, cuidando do pequeno Miguel em casa. Lembro que mesmo com ele pequeno, aproveitava os momentos que estava amamentando, ou que ele dormia (que eram muitos!) ou quando meu esposo chegava em casa com saudades, querendo pegá-lo, cuidá-lo e eu lia os textos e realizava as atividades.
Foi uma época corrida, porém proveitosa!
Neste semestre que passei a perceber o quanto podia e tinha condições de aprender mais e mais. Me vi uma ignorante em matéria de leis e organização e gestão escolar.
Um semestre puxado...um semestre a mais que foi muito valioso!
Mesmo estando no meu "ninho" as aprendizagens foram valiosas!!!
domingo, 3 de outubro de 2010
2008...parece tão distante!!!
No primeiro semestre estava grávida e do segundo mês até o final, ou até onde consegui chegar com a gravidez (no caso, 6 meses).
Minhas postagens ficaram diminutas e depois de algum tempo não pude mais fazê-las, por não poder mais sair da cama.
Ao ler a postagem da linha do tempo, que consegui realizar, não posso negar que fiquei nostálgica em relação ao que estava vivendo, mas apesar de ler os textos e escrever os trabalhos, meu blog estava pobre em termos de experimentar o que era ensinado em sala de aula, uma vez que não estava trabalhando.
No final do semestre, às vésperas do portfólio de aprendizagens, nasceu o Miguel, antecipadamente, o que me afastou momentaneamente do PEAD, para ter outras "aprendizagens".
Quando ele veio do hospital para casa e desenvolvemos nossa rotina de mãe e filho, voltei à ler, estudar e partilhar as aprendizagens, mesmonnão estando em sala de aula.
Um tempo afastada... mais um grande presente:Miguel.
sábado, 25 de setembro de 2010
Boiando na superfície!
Agora reconheço, a prática aliada à teoria comoalgo no início.
Havia a tentativa de uma junção da teoria à prática. Prova disto é o grande número de postagens associando o que era ensinado nas interdisciplinas e seus assuntos à passeios e projetos.
Mas apenar de haver um discurso de mudança do tadicional para o construtivismo, era algo superficial, sem um embasamento profundo.
Como se realizar um projeto fosse garantir a existência de interdisciplinariedade e não a construção da aprendizagem através da realidade trazido pelo aluno.
Os projetos, nesta época, eram todos elaborados, pensados, montados por mim...à eles só cabia "engolirem garganta abaixo".
Belo construtivismo!
Com o tempo e estudando, experimentando a teoria, passei a ver que havia vontade de mudar, mas faltava um apoderamento maior da teoria para fundamentar e guiar a prática, pois durante a aplicação o que surgisse como dúvida poderia ser sanado. Era como se estivesse boiando na superfície de um rio e deixasse de conhecer as maravilhas que existem em seu fundo.
Lendo as postagens deste terceiro semestre percebo que a arrogância em acreditar ter aprendido tudo, disfarçado sobre pseudo-humildade de contínua mudança...permanecia.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Um gatinho ou um leão?
Retomar a capacidade da criticidade em relação ao que era incompleto, à falta de humildade em reconhecer-se incapaz e muitas outras retomadas.
Agora mesmo enquanto escrevo penso o quanto de arrogância encontrarei nelas ao voltar daqui há algum tempo.
Não só pelo acúmulo de experiências, mas sim devido à busca pela teoria, busca pelo saber mais, pelo continuar aprendendo e construindo.
Acredito que por trás desta arrogância existe a ignorância, pois como poderia achar(como de fato achei) que somente a afetividade bastava se conhecia pouquíssimo da teoria?
Esconde-se aí, por trás da arrogância em admitir, a ignorância do não conhecer.
Fui relendo minhas postagens e percebi que apesar de em algumas vezes vinculá-las às aprendizagens das interdisciplinas, ainda não reconhecia a necessidade e a importância da teoria como parte da capacidade de construir a aprendizagem. Achava que era como receita de bolo. tudo prontinho desde que eu tivesse felling, como educadora, para com todo amor e carinho conduzí-los pelos caminhos da aprendizagem.
Não estou desdenhando a necessidade do carinho e do amor na aprendizagem,mas sim afirmando que conhecer a teoria nos faz ficarmos mais seguros para conduzirmos o aluno à construção.
Em uma postagem feita no segundo semestre de 2007, deixo evidente que ao ir fazer um relato de experiência não "precisava" de mais nada a não ser o grande afeto que alimentava meu trabalho(no caso de necessidades especiais). Coloco, no maior "ímpeto de humildade" que fiz tudo sendo somente formada no magistério, à nível de ensino médio!!! A arrogância em achar que nasci mestra!!! Sem necessidade de teorias!!!
Por isto volto à afirmar que por trás da arrogância esconde-se uma grande dose de ignorância...de medo de desalojar-se e de conhecer e reconhecer...erros, necessidades, prioridades e buscas.
Como se o gatinho olhasse sua imagem no espelho e enxergasse o leão!!!! Muita arrogância!!!
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Repensando o meu processo histórico...
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Avaliação: não é possível regredir!
Entre discussões (de casos encaminhados), constatações (de crescimentos e falhas), pedidos (sempre querendo mais!) e descobertas (várias!!!), uma certeza ficou: não tem como avaliar um aluno(uma criança) olhando somente o que consegue ou não registrar, suas produções, ou "provas".
Consegui lançar sobre meus alunos um olhar especial e único, um olhar individual.
Este olhar só foi possível graças à observação contínua, pois desde que iniciaram-se as aulas, observei-os e quis conhecê-los individualmente, quais suas realidades, seus conhecimentos prévios, o que lhes dá prazer e como gostam de trabalhar.
Por observá-los individualmente que concluí não poder restringir a avaliação à "medidas estanques", a conteúdos assimilados ou não.
Cada um deles teve seu crescimento. Não se pode estabelecer um nível e igualá-los.
Foi por isto que ao avaliar meu aluno Nathanael, não dei a ele um NA, embora ele não tenha alcançado os objetivos propostos. Como classificá-lo como NA, se o seu crescimento foi algo gigantesco? Talvez ele não esteja alfabetizado, mas como avaliá-lo negativamente depois que passou a escrever seu nome corretamente, quando lá no início escrevia uma mistura de letras e números, acreditando ser seu nome?
Como "crivar" uma criança com NA por que não alcançou os conteúdos estipulados, mas que agora socializa seu material de maneira civilizada, interage com seus colegas, organiza-se claramente com seu material e suas atividades, ajuda aos colegas, não briga, não bate mais durante o recreio e outros momentos de brincadeiras? Não tem como avaliá-lo negativamente!!! Seu progresso é absurdamente grandioso! De acordo com minhas observações, minha vivência som ele, seu crescimento foi de 100%. Seu aproveitamento tmbém!
Este critério foi levado ao Conselho de Classe, para a Supervisão e Orientação Escolar, a qual me foi dado todo apoio e respaldo.
Preocupa-me, contudo, o futuro dele, pois se não se alfabetizar, como reprová-lo frente à tudo que evoluiu? Uma única conclusão: trabalho árduo...muito trabalho árduo e em equipe... até o fim do ano!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
A Onda
Assisti, recentemente, ao filme A onda.Trata-se de um filme alemão, que conta a história de um professor de ensino médio que deveria ensinar sobre autocracia para sua turma. Para melhor assimilarem o conceito, aplica com eles o fascismo, o que desencadeia uma reação de admiração, por parte dos jovens, pelo regime.
Óbvio que não vou contar aqui todo filme e seu desfecho, pois acredito que todos deveriam vê-lo. Não por seus prêmios(até porque não so recebeu), nem por sua fotografia, vasto, famoso e conhecido elenco, mas sim por que chamou minha atenção o quanto o professor, enquanto formador de opiniões, exerce uma responsabilidade muito grande ao aplicar um planejamento, proferir uma palavra, um pensamento, ou propor alguma atividade.
Isto levou-me a pensar novamente em PLANEJAMENTO. Se chegarmos na aula sem planejarmos nada, pecamos pela falta...falta de consideração, responsabilidade, de organização, profissionalismo e por aí vai.
Mas ao planejarmos e estabelecermos objetivos, temos que ter claramente traçados onde e porque queremos chegar lá. Temos que saber: O QUE eu quero que meu aluno aprenda? Mas também devemos ter em mente que o aluno gostar, desenvolver e envolver-se na proposta feita, não deve ser motivo de orgulho, de auto-promoção. Deve-se ter sempre em mente o olhar cuidadoso e eprceber o momento certo de encerrar, de encaminhar o projeto para sua fase final.
Concluo esta postagem colocando que este filme, mesmo denso e forte, mostra uma realidade, não tão longínqua, do que é um professor que perde seus limites e seu bom senso.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
CRIAÇÃO,CRIAÇÃO E CRIAÇÃO!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Fora do ar!!!
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Protagonistas...um show à parte!!!
Tenho trabalhado como nunca!
Pesquiso, recorto, colo, penso, preparo, disparo! Nossa...que coisa mais veloz o ritmo da aprendizagem!
Não tenho tempo à perder! Meus filhos, quando estão em casa, pintam, recortam, colam e brincam com minhas criações. Fazer o que? Como mãe não posso descuidar daqueles que são meus!
Meu esposo (que também participa do processo de construção da aprendizagem) afirma que sou a "Rainha da Sucata".
Todos lá em casa já estão acostumados à cola quente, E.V.A., papéis coloridos, papel pardo, cartolinas, caixas, colas, tesouras, canetinhas, canetões e por ai vai...
Minha filha Maria Vitória, afirma que metade do meu diploma lhes pertence(quando e "se" eu o receber) e ela tem razão! Pela paciência que tiveram e têm, pelas vezes que estou ausente, por não conseguir estar 100% presente quando precisam, por me emprestarem seus ombros e secarem minhas lágrimas, por entenderem quando cansada durmo antes que eles, ou quando não durmo e fico estressada ou simplesmente quando silenciam para me ajudar!
Esta reflexão foi voltada para outros personagens que permitem que eu viva e reflita, para transformar a ação em sala de aula...os grandes protagonistas da minha vida:MINHA FAMÍLIA!
terça-feira, 11 de maio de 2010
Conselho tutelar?Descrédito e desacreditado...
Calma, não estou pensando em desistir!!! Só estou questionando-me (como sempre) sobre buscar soluções, quem nos apoiará, sobre acomodar-se, que fazer???...vários questionamentos...algumas causas.
Se eu, como professora, falhar em qualquer área estarei sendo negligente e com certeza vou responder por isto, nem que seja com a minha consciência (muitas vezes a pior carrasca).
Mas tenho esbarrado na negligência e no descaso do poder público.
Como já escrevi em outra postagem, tenho dois casos de crianças mau tratadas e negligenciadas por seus pais. São crianças que exibem literalmente, as marcas de uma infância "marcada" pelos maus tratos e abandono.
Várias denúncias foram encaminhadas ao Conselho Tutelar. NADA FOI FEITO! Ao ligar para saber notícias, as denúncias nunca são encontradas. Sempre há uma ou mais desculpas: perderam-se, não chegaram, estão sem ter como averiguar e assim por diante.
Fica não a sensação, mas a certeza da impunidade.
Não confio e nem acredito no Conselho Tutelar e em seus membros nada dignos da confiança neles depoistada.
Chamá-los de porcos seria uma ofensa a estes animais que cumprem seus desígnios, mesmo acabando mortos!
E enquanto eles ficam sentados em suas cadeiras confortáveis com seus fartos sa)lários (recebidos indignamente e indevidamente), fazendo absolutamente NADA, muitas crianças como as minhas, padecem nas mãos de insanos pais em seus surtos e crises de maldade.
Gostaria que suas consciências os atormentassem todas as noites...até que realmente resolvessem trabalhar e salvar as crianças destas mãos e destes corações sem amor.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Afetividade...
É uma sensação de:"já li sobre isto em algum lugar!!!"
Apesar de estar na sala de aula durante todo curso, acredito nunca ter tido uma turma tão heterogênea em termos de aprendizagem. E este fator tem-me feito lançar mão de recursos diversos para garantir a aprendizagem. Gostaria, sinceramente, de estar duplamente clonada para atendê-los em suas diversidades e não deixá-los esperando.
Tenho experimentado o desenvolver de laços afetivos e os resultados: uma turma mais autônoma, crítica, leve, onde aprender rende boas risadas(de felicidade), onde as faltas são mínimas e os casos de negligência(nada resolvidos pelo poder público)estão sendo desenvolvidos graças à atenção e carinho dados por todos da escola.
Não quero reduzir a inclusão à fatores afetivos e emocionais, uma vez que ela passa por fatores maiores, mas devo registrar que a afetividade tem sido uma porta de acessibilidade à toda e qualquer criança...fazendo maravilhas!!!
O que tenho descoberto? Que dá muito mais trabalho ser afetivo do que uma postura rígida...por isto está cheio de professores que optam por exigirem silêncio ao invés de darem carinho...E as crianças são sábias...desde seu nascimento...reciprocidade ao tratamento recebido...Portanto, mãos á obra:tudo ficaria mais fácil com carinho!!!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Desafios!
A observação é um instrumento poderoso!
Antes de iniciar o estágio, passei a observar as características de minhas crianças. Características de aprendizagem, de trabalho, de personalidade...temperamento.
E graças à estas observações pude estabelecer com as crianças uma rotina diária que atende, intercala e associa o lúdico, os momentos de descontração(mesmo estes com objetivos determinados), às construções, aos momentos de registros, aos momentos "mais tranquilos".
Óbvio que algumas colegas já falaram dos constantes barulhos na minha sala, uma vez que torna-se impossível brincarmos, jogarmos e criarmos em silêncio, bem como o fato das crianças dificilmente trabalharem sentadas. Disseram acreditarem que o que estou construindo são alunos "desobedientes"(sic), mas já avisaram-me que ao chegarem em suas turmas "esta falta de disciplina vai acabar"!
Independente destas "ameaças terroristas", estou me deslumbrando com os caminhos que a minha turma está tomando.
Com uma exceção (caso de negligência familiar) as faltas reduziram drasticamente e quando elas acontecem vêm acompanhadas de justificativas dos pais. As crianças entram na sala até na hora do recreio(eu permaneço em sala neste momento). Passamos a rir juntos e organizamos nosso tempo de forma democrática
Tenho experimentado a alegria de ensinar, de criar. Fantoches, jogos pedagógicos, laboratório de informática, bonecos, boliches, brinquedos...podemos tudo!!!
Os cadernos assumiram uma posição secundária, bem como o quadro-de-giz. Claro que o usamos, mas desvinculadamente de ser o único recurso pedagógico.
As regras (e elas existem) estão sendo criadas "automaticamente" e estabelecidas de acordo com as necessidades.
O desafio da construção da aprendizagem, do conhecimento está sendo mais fácil a partir do momento que sei onde quero chegar e por que quero chegar lá, ou seja, a partir do momento em que um planejamento completo constitui, faz parte do meu dia e do dia das minhas criancas.
Estas imagens são do jogo de boliche dos animais em que trabalhamos a adição e a subtração e dos fantoches feitos por mim, em E.V.A., onde trabalharemos a inclusão através da história da Arca de Noé.
Vou indo...de desafios em desafios!!!
domingo, 18 de abril de 2010
De volta ao primeiro amor!
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Pedagogia da compreensão.
Busca-se assim uma visão de múltiplas possibilidades no que estudam e a aprenderem a agir à partir de seu conhecimento.
Esta busca pela aplicação da Pedagogia da Compreensão(algo nada novo) está em ascensão mais uma vez, acredito que em função do reconhecimento da necessidade de mudança na educação, assegurando educação de qualidade a todos os alunos, não apenas à elite social.
Temos visto o crescimento da busca por parte dos professores, de uma compreensão do que é ensinado e a lógica nos ensina que só há compreensão daquilo que é a realidade do aluno.
Por isso e para isso, o planejamento do professor deve ser suficientemente flexível e atraente servindo para todos alunos, todos os níveis de capacidade e rendimentos.
Um dos maiores desafios, sem dúvida, está em não passar uma mensagem padronizada e sim adaptá-la para atender aos alunos em particular . Afinal, se o objetivo do ensino é a compreensão, então os alunos devem ter atuação ativa na apropriação de suas idéias.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Liberdade de expressão!
domingo, 4 de abril de 2010
Pensar, pensar, pensar...
sexta-feira, 26 de março de 2010
Novos ventos...Vôos mais altos!
quinta-feira, 25 de março de 2010
Bloqueio...espero que criativo!!!
terça-feira, 23 de março de 2010
Medo e Ousadia!
domingo, 21 de março de 2010
Antonio Banderas...A pedagogia do Oprimido!!!
sexta-feira, 12 de março de 2010
Desconforto confortável!
Ficamos imaginando, supondo, idealizando, calculando, falando, brigando, antecipando...sofrendo antecipadamente!
Muito mais do que isto, deveríamos estar sonhando, querendo, buscando, "arquitetando", somando, multiplicando,alegrando, enriquecendo...melhorando.
Percebi isto ao encarar a mudança na equipe diretiva da minha escola.
Ao pensar na mudança, à princípio, antecipei problemas, briguei com a idéia, supus muita coisa, imaginei outras tantas!!!
Quando retornamos às aulas...mudanças perceptíveis e surpreendentes!
A escola tem grandes melhorias! Agora temos: brinquedoteca, um laboratório de informática completamente aparelhado, infraestrutura à nosso dispor, materiais à disposição, projetos dando respaldo...uma verdadeira avalanche de mudanças...e todas boas, muito boas!
Acredito que assim, estamos dando mais um passo em direção à uma educação de qualidade. Buscando parcerias, apoios, verbas vindas de projetos e melhoria na formação dos professores.
Tenho percebido que, mesmo com todos os problemas graves com que a educação passa, na minha escola há um clima otimista, cheio de "cheiros" de mudança, de vontade, de ânimo.
Agora o novo nos é confortável!