sábado, 27 de novembro de 2010

Concluindo..."Palavreando"!!!!

Estive refletindo sobre este tempo todo de PEAD.
Foram 4 anos de postagens. No início nada frequentes, depois passaram a ser registros de aprendizagens que foram aumentando.
E foi a partir daí que pensei em quantas palavras foram escritas! Quantos pensamentos expressos! E depois mudados!!! E daí o poder das palavras...mais articuladas, menos preparadas, mais fortes, de revolta, de alegria, pedagógicas ou simplesmente de amor...não precisa o absolutismo, a única certeza...precisa coerência.
Que a junção das palavras sejam de demonstração de crescimento, de aprendizagem.
Durante esta caminhada no PEAD, mesmo que não tivesse dado-me conta as palavras assumiram uma conotação extremamente importante, pois retratam um processo em ebulição. Ora repletos de arrogância, ora disfarçando a ignorância, ora contemplando um emaranhado de aprendizagens, ora demonstrando tristezas e mágoas eminentes, por vezes alegrias e felicidades estupendas.
Concluo pensando o valor das palavras e principalmente o quanto registrá-las se faz necessário. Só foi possível perceber se houve ou não crescimento através, também, da retomada, aprofundamento e reflexões em cima do que foi escrito anteriormente.
E eu? Sigo...palavreando!!!!!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tempo de idéias!


Finalmente chegamos ao último semestre!
Não coloco isto pela felicidade em estar acabando, porque estou com a sensação e o "gostinho" de quero mais.
Mas porque chegamos ao período de construção do TCC! Medos, questionamentos, dúvidas...construções, "desconstruções", verdadeiras "demolições", orientações e por vezes desorientações, muita leitura, muita pesquisa, concentração, foco!!! UFA! É um período em que tudo é muito.
Adquiri um conceito novo em matéria de MUITO e MAIS, onde tudo que é MUITO fica redundante e tudo que é MAIS vira MENOS.
Muitos teóricos, muitas leituras, fundamentação e argumentação...passei a travar uma batalha com a formatação da ABNT, as citações e referências, criando confusão, o mundo burocrático que interfere e se faz necessário.
Tem sido um momento de reflexãoem cima de um foco, de uma pergunta, de uma questão.
Momento de concentração e escrita. Momento de sentir e teorizar, momento de comprovar e de pensar a prática.
Me sinto alinhavando uma roupa! Construindo pedaços de um todo e juntando-os...
Tem sido um momento tumultuado, mas de muita produção.
Um tempo que sei que vai trazer saudade!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estágio...Winnicott ensina!

No 8º semestre, foi a hora decisiva e angustiante, no início, onde faríamos o Estágio...supervisionado.
Estava inquieta e angustiada com o fato de ter uma turma diferente do que já havia tido...completamente dependedentes da fala e da ordem da professora, sentados enfileirados, acreditavam que estudar, conhecer só se dava ao utilizar o caderno e o quadro de giz.
Tinha duas inclusões da classe especial e mais algumas informais, que chamavam minha atenção, por serem alunos sem laudo, sem direito à atendimento extra classe, sem ajuda da família e, portanto, casos de alunos exclusos e multirepetentes.
Observei o resultado do abandono, do descaso em tratar, da negligência e dos maus tratos, quando os pais não exercem seu papel de cuidadores e delegam à escola este papel e a escola ao invés de buscar incluí-los, exclui-os.
Quando se tem um aluno, ou mais, que não segue o estereótipo desejado pelo professor, este aluno é rotulado, descriminado e mantido longe das chances de construir suas aprendizagens.
Foi este ponto que permeou meu estágio: de que maneira conseguiria incluí-lo de maneira efetiva e responsável, na rotina da sala de aula...Todas as atividades propostas com a turma e individualmente para ele visavam a construção do conhecimento e incluí-lo na turma, de maneira que ele apreciasse aprender, apreciasse construir.
Enquanto ele aprendia, ele me ensinava. Eu aprendi com ele que a dedicação, a construção, o holding("colo") que Winnicott tanto falava, na escola deve ficar à cargo da professora. Pois é ela que precisa acolher e resignificar a aprendizagem do aluno ex(in)cluso.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Água da fonte!

No sétimo semestre, ou seja, 2009/02, passei a dedicar-me com mais afinco aos estudos. Passei a me aprofundar mais na busca por embasamento teórico. A inquietação da mudança em minhas ações, fez-me buscar mais, conhecer mais.
Pesquisava artigos, lia livros e quanto mais eu lia e conhecia, mais mudanças aconteciam.
Aprendizagem não rima com mediocridade. Percebi, com embasamento teórico e prático, que as aprendizagens que estava tendo diariamente e que envolviam ou abrangiam desde como se dá a construção do conhecimento até a Educação de jovens e adultos, não mais passavam por mim sem provocar "efeito", alguma "reação"...geralmente de mudança para melhor.
As aulas foram todas importantes, afinal beber da água limpa "direto da fonte" é algo muito bom, também.
Nas aulas de LIBRAS desmistifiquei muitas idéias erradas que tinha tais como: todo surdo é mudo e vice-versa, tratava LIBRAS como uma linguagem e não como língua, tal qual a portuguesa e desconhecia o básico à respeito desta necessidade especial.
Em EJA nos foi possível discutir a situação proposta ao ser criada e a situação atual nada agradável. Fizemos os Banners para apresentação dos trabalhos em grupo e apresentamos em aula, discutindo e mostrando esta situação em que a Educação de Jovens e Adultos encontra-se.
Em Linguagem e Educação uma das partes que mais me chamou atenção foi a questão da fantasia na criança. Estava enfrentando pressão de colegas para encaminhar um aluno para tratamento especializado porque ele fantasiava histórias.
A partir do estudo e das leituras, propus-lhe que escrevesse em um caderno o que fantasiava. O resultado? Ótimas histórias, ao meu ver e ainda hoje ele me encontra na escola e diz que seu caderno está quase cheio.
Concluo esta postagem feliz, pois o "saldo" ao final do semestre foi positivo ao me fazer crescer como pessoa, profissional e principalmente por continuar a mudança, que ao meu ver, deve ser permanente, como educadora...

domingo, 17 de outubro de 2010

Efervescente!


"Os "olhos " com que "revejo" já não são os "olhos" com que "vi". Ninguém fala do que passou a não ser na e da perspectiva do que está passando". Paulo Freire.
Começo esta postagem com a citação de Paulo Freire por demonstrar exatamente como tenho me sentido ao olhar, ao reler minhas postagens.
Relendo as situações, experiências, momentos vividos.
Neste primeiro semestre, tentei aplicar em aula o PA, conforme as professoras o tinham feito conosco. Foi ótima a recepitividade, as crianças começaram a serem autoras a sua própria aprendizagem. Foi ao abrir o "leque de opções" para uma aprendizagem construída e ver o quanto era prazeroso aprender e ensinar desta forma, que pude começar a olhá-los de maneira única e individual. Estudávamos sobre inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais e questões étnicoss raciais e foi lendo e pesquisando sobre inclusão que meu olhar voltou-se para outro lado, que muitas vezes achamos inviável, e percebi ter um aluno com altas habilidades. Encaminhamentos foram feitos, na hora do laudo final a constatação: o aluno tinha altas habilidades.
No final do semestre, quando as aprendizagens estavam ''efervescendo" na minha cabeça, mudando a minha vida como aluna, mãe e principalmente como educadora, quando a vontade de pesquisar estava despertando em mim o desejo de querer mais, de continuar a estudar, de cada vez mais buscar aprender a construir com meus alunos, com meus alunos, meu pai teve a sua situação de saúde agravada, necessitando de companhia e cuidados constante. Durante este período, ao fazer companhia a ele, conversamos muito sobre educação (quando estava lúcido), sobre a alegria de estar mais perto da formatura, sobre os planos para este dia...Ao lado dele, quanto mais estudava e lia, mais crescia a convicção, a certeza de que podia melhorar a cada dia. Após a morte do meu pai, veio a confirmação de que nunca aprende-se tudo em plenitude e que pior do que iqnorar algo é querer permanecer na iqnorância.
Por ele...pelo que vivemos quero crescer a cada dia mais.

domingo, 10 de outubro de 2010

Um ninho com ouro!


No segundo semestre de 2008, começamos a experimentar e conhecer o PA (projeto de aprendizagem).
A melhor maneira de aprendermos? Experimentando. E foi isto que fizemos. Exploramos nossa curiosidade, nossos conhecimentos prévios, enumeramos nossas dúvidas temporárias e certezas provisórias. Pesquisamos, escrevemos coletivamente e registramos descobertas.
Com o tempo, fomos confirmando ou não as certezas provisórias e respondendo às dúvidas temporárias.
Minhas postagens e reflexões foram voltadas para esta parte e também para as aprendizagens sobre Organização e Gestão Escolar, Organização do ensino fundamental e Escola, cultura e sociedade.
Conforme estudava misturava, em algumas postagens, indignação e esperança em relação à situação que eu vivia na minha escola.
Era uma situação de confrontar o estudado com a realidade...dura realidade!
Aprendi e conheci leis que eram "distorcidas" ou utilizadas de acordo com as "necessidades" dos gestores.
Este segundo semestre também foi pontuado por continuar de licença gestante, cuidando do pequeno Miguel em casa. Lembro que mesmo com ele pequeno, aproveitava os momentos que estava amamentando, ou que ele dormia (que eram muitos!) ou quando meu esposo chegava em casa com saudades, querendo pegá-lo, cuidá-lo e eu lia os textos e realizava as atividades.
Foi uma época corrida, porém proveitosa!
Neste semestre que passei a perceber o quanto podia e tinha condições de aprender mais e mais. Me vi uma ignorante em matéria de leis e organização e gestão escolar.
Um semestre puxado...um semestre a mais que foi muito valioso!
Mesmo estando no meu "ninho" as aprendizagens foram valiosas!!!

domingo, 3 de outubro de 2010

2008...parece tão distante!!!

Fui reler as postagens de 2008. Foi um ano que misturou alegrias e momentos de angústia e medo!
No primeiro semestre estava grávida e do segundo mês até o final, ou até onde consegui chegar com a gravidez (no caso, 6 meses).
Minhas postagens ficaram diminutas e depois de algum tempo não pude mais fazê-las, por não poder mais sair da cama.
Ao ler a postagem da linha do tempo, que consegui realizar, não posso negar que fiquei nostálgica em relação ao que estava vivendo, mas apesar de ler os textos e escrever os trabalhos, meu blog estava pobre em termos de experimentar o que era ensinado em sala de aula, uma vez que não estava trabalhando.
No final do semestre, às vésperas do portfólio de aprendizagens, nasceu o Miguel, antecipadamente, o que me afastou momentaneamente do PEAD, para ter outras "aprendizagens".
Quando ele veio do hospital para casa e desenvolvemos nossa rotina de mãe e filho, voltei à ler, estudar e partilhar as aprendizagens, mesmonnão estando em sala de aula.
Um tempo afastada... mais um grande presente:Miguel.

sábado, 25 de setembro de 2010

Boiando na superfície!

Analisando as postagens de 2007, no terceiro semestre do curso, existe a informação, o conhecimento de que as postagens deveriam retratar as minhas aprendizagens nas interdisciplinas aliadas à utilização em sala de aula.
Agora reconheço, a prática aliada à teoria comoalgo no início.
Havia a tentativa de uma junção da teoria à prática. Prova disto é o grande número de postagens associando o que era ensinado nas interdisciplinas e seus assuntos à passeios e projetos.
Mas apenar de haver um discurso de mudança do tadicional para o construtivismo, era algo superficial, sem um embasamento profundo.
Como se realizar um projeto fosse garantir a existência de interdisciplinariedade e não a construção da aprendizagem através da realidade trazido pelo aluno.
Os projetos, nesta época, eram todos elaborados, pensados, montados por mim...à eles só cabia "engolirem garganta abaixo".
Belo construtivismo!
Com o tempo e estudando, experimentando a teoria, passei a ver que havia vontade de mudar, mas faltava um apoderamento maior da teoria para fundamentar e guiar a prática, pois durante a aplicação o que surgisse como dúvida poderia ser sanado. Era como se estivesse boiando na superfície de um rio e deixasse de conhecer as maravilhas que existem em seu fundo.
Lendo as postagens deste terceiro semestre percebo que a arrogância em acreditar ter aprendido tudo, disfarçado sobre pseudo-humildade de contínua mudança...permanecia.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Um gatinho ou um leão?

Tenho descoberto o quanto é proveitoso retomar algumas idéias!
Retomar a capacidade da criticidade em relação ao que era incompleto, à falta de humildade em reconhecer-se incapaz e muitas outras retomadas.
Agora mesmo enquanto escrevo penso o quanto de arrogância encontrarei nelas ao voltar daqui há algum tempo.
Não só pelo acúmulo de experiências, mas sim devido à busca pela teoria, busca pelo saber mais, pelo continuar aprendendo e construindo.
Acredito que por trás desta arrogância existe a ignorância, pois como poderia achar(como de fato achei) que somente a afetividade bastava se conhecia pouquíssimo da teoria?
Esconde-se aí, por trás da arrogância em admitir, a ignorância do não conhecer.
Fui relendo minhas postagens e percebi que apesar de em algumas vezes vinculá-las às aprendizagens das interdisciplinas, ainda não reconhecia a necessidade e a importância da teoria como parte da capacidade de construir a aprendizagem. Achava que era como receita de bolo. tudo prontinho desde que eu tivesse felling, como educadora, para com todo amor e carinho conduzí-los pelos caminhos da aprendizagem.
Não estou desdenhando a necessidade do carinho e do amor na aprendizagem,mas sim afirmando que conhecer a teoria nos faz ficarmos mais seguros para conduzirmos o aluno à construção.
Em uma postagem feita no segundo semestre de 2007, deixo evidente que ao ir fazer um relato de experiência não "precisava" de mais nada a não ser o grande afeto que alimentava meu trabalho(no caso de necessidades especiais). Coloco, no maior "ímpeto de humildade" que fiz tudo sendo somente formada no magistério, à nível de ensino médio!!! A arrogância em achar que nasci mestra!!! Sem necessidade de teorias!!!
Por isto volto à afirmar que por trás da arrogância esconde-se uma grande dose de ignorância...de medo de desalojar-se e de conhecer e reconhecer...erros, necessidades, prioridades e buscas.
Como se o gatinho olhasse sua imagem no espelho e enxergasse o leão!!!! Muita arrogância!!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Repensando o meu processo histórico...

Comecei a reler as escritas do meu blog!
Sim, as primeiras postagens.
Percebi que eram ensaios, tentativas que mesclavam aprendizagens do uso das tecnologias e sensações com relação à toda informação e novos conhecimentos.
O primeiro semestre que cursei foi no início de 2007. Portanto começamos o curso no segundo semestre de quem havia começado em agosto de 2006.
Mesmo sem exercitar a escrita no blog para reflexões sobre aprendizagens aliadas às interdisciplinas, apareceram algumas situações que o que foi aprendido na interdisciplina estava relacionado à prática de sala de aula.
Como na postagem do dia 23 de abril de 2007, que tem o título: "EM AÇÃO" http://carlatruda.blogspot.com/2007/04/em-ao.html onde faço uma relação entre as experiências e aprendizagens da aula de fundamentos da alfabetização com a mudança na maneira de trabalhar. Lembro que em aula ao receber o xerox em árabe, o sentimento de não entender o que estava escrito, causou uma associação imediata sobre como meus alunos sentiam-se ao dar-lhes atividades que não entendiam e não conseguiam fazer.
Percebo que, nas primeiras postagens havia uma afirmação muito forte em torno da pouca necessidade de se ter uma teoria aliada à prática. Havia uma arrogância disfarçada de humildade onde se acreditava que : SÓ O AMOR CONSTRÓI!!! É necessário amar o que e para quem se faz, mas tudo aliado à teoria. Voltar ao "passado" me faz pensar...pensar e pensar!!! Estou refletindo novamente e como tal...crescendo, construindo!!!
Como disse Einstein:"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original".

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Avaliação: não é possível regredir!


Semana passada tivemos o conselho de classe.
Entre discussões (de casos encaminhados), constatações (de crescimentos e falhas), pedidos (sempre querendo mais!) e descobertas (várias!!!), uma certeza ficou: não tem como avaliar um aluno(uma criança) olhando somente o que consegue ou não registrar, suas produções, ou "provas".
Consegui lançar sobre meus alunos um olhar especial e único, um olhar individual.
Este olhar só foi possível graças à observação contínua, pois desde que iniciaram-se as aulas, observei-os e quis conhecê-los individualmente, quais suas realidades, seus conhecimentos prévios, o que lhes dá prazer e como gostam de trabalhar.
Por observá-los individualmente que concluí não poder restringir a avaliação à "medidas estanques", a conteúdos assimilados ou não.
Cada um deles teve seu crescimento. Não se pode estabelecer um nível e igualá-los.
Foi por isto que ao avaliar meu aluno Nathanael, não dei a ele um NA, embora ele não tenha alcançado os objetivos propostos. Como classificá-lo como NA, se o seu crescimento foi algo gigantesco? Talvez ele não esteja alfabetizado, mas como avaliá-lo negativamente depois que passou a escrever seu nome corretamente, quando lá no início escrevia uma mistura de letras e números, acreditando ser seu nome?
Como "crivar" uma criança com NA por que não alcançou os conteúdos estipulados, mas que agora socializa seu material de maneira civilizada, interage com seus colegas, organiza-se claramente com seu material e suas atividades, ajuda aos colegas, não briga, não bate mais durante o recreio e outros momentos de brincadeiras? Não tem como avaliá-lo negativamente!!! Seu progresso é absurdamente grandioso! De acordo com minhas observações, minha vivência som ele, seu crescimento foi de 100%. Seu aproveitamento tmbém!
Este critério foi levado ao Conselho de Classe, para a Supervisão e Orientação Escolar, a qual me foi dado todo apoio e respaldo.
Preocupa-me, contudo, o futuro dele, pois se não se alfabetizar, como reprová-lo frente à tudo que evoluiu? Uma única conclusão: trabalho árduo...muito trabalho árduo e em equipe... até o fim do ano!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A Onda

Assisti, recentemente, ao filme A onda.Trata-se de um filme alemão, que conta a história de um professor de ensino médio que deveria ensinar sobre autocracia para sua turma. Para melhor assimilarem o conceito, aplica com eles o fascismo, o que desencadeia uma reação de admiração, por parte dos jovens, pelo regime.

Óbvio que não vou contar aqui todo filme e seu desfecho, pois acredito que todos deveriam vê-lo. Não por seus prêmios(até porque não so recebeu), nem por sua fotografia, vasto, famoso e conhecido elenco, mas sim por que chamou minha atenção o quanto o professor, enquanto formador de opiniões, exerce uma responsabilidade muito grande ao aplicar um planejamento, proferir uma palavra, um pensamento, ou propor alguma atividade.

Isto levou-me a pensar novamente em PLANEJAMENTO. Se chegarmos na aula sem planejarmos nada, pecamos pela falta...falta de consideração, responsabilidade, de organização, profissionalismo e por aí vai.

Mas ao planejarmos e estabelecermos objetivos, temos que ter claramente traçados onde e porque queremos chegar lá. Temos que saber: O QUE eu quero que meu aluno aprenda? Mas também devemos ter em mente que o aluno gostar, desenvolver e envolver-se na proposta feita, não deve ser motivo de orgulho, de auto-promoção. Deve-se ter sempre em mente o olhar cuidadoso e eprceber o momento certo de encerrar, de encaminhar o projeto para sua fase final.

Concluo esta postagem colocando que este filme, mesmo denso e forte, mostra uma realidade, não tão longínqua, do que é um professor que perde seus limites e seu bom senso.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

CRIAÇÃO,CRIAÇÃO E CRIAÇÃO!

Estamos em processo de criação!
Continuamos a criar nosso livro!
A história já foi feita...de maneira coletiva.
Nomes escolhidos, personagens descritos, história concebida.
Tudo muito simples, como os autores: minhas crianças.
Estamos em plena "ebulição" da aprendizagem. Eles a lerem e escreverem, eu a tornar a aprendizagem mais gostosa, mais lúdica e prazerosa, unindo teoria e prática à criatividade.
Já planejamos o lançamento do livro: faremos um coquetel, convidando os pais, a direção e algumas pessoas "VIPS" (conforme palavras das crianças).
Estamos pensando nos convites que faremos. A organização tem exigido registros constantes e minhas crianças já perceberam que existem vários tipos de textos: livros, bilhetes, convites, listas...tudo tem sido usado para promover e proporcionar alfabetização.
Com certeza a maior aprendizagem de todas tem sido a minha: ter de volta a felicidade e o prazer em ensinar.
Esta foto é do momento de ilustração do livrinho...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Fora do ar!!!

Gente!!!Estive literalmente fora do AR!!!!Meu computador quebrou!
Até arrumá-lo (e não posso me queixar, pois ainda bem que quase tudo foi salvo!!!)foi muito tempo sem conexão! Até tentei ir à minha escola realizar os trabalhos e atividades pendentes, mas descobri que o laboratório de informática da minha escola é muito requisitado à tarde. Coisa boa, não?
Fora todo estress causado pela ausência do recém descoberto "filho", senti saudades de poder refletir ou postar minhas reflexões aqui, com toda calma e sossêgo.
As aprendizagens e experiências têm acontecido à vontade. Estamos agora, em meio ao projeto de construção do nosso livro. Uma história criada coletivamente, que está virando uma "obra", com direito à organização de coquetel, convites personalizados, autógrafos e edição encadernada.
Devo registrar o apoio da direção da minha escola que tem dado respaldo às idéias que tenho e proporcionado recursos e maneiras de viabilizar meus projetos. Realmente fica muito mais fácil assim: com apoio.
Ainda estamos desenvolvendo este projeto, mas as crianças estão fascinadas ao sentirem-se e serem autoras, descobrindo assim, outros tipos de portadores de textos.
Mas eu tenho aprendido muito mais do que eles...tenho aprendido que a cada dia as aprendizagens e surpresas são cada vez maiores, cada vez mais significativas e que aquelas crianças são maravilhosas por estarem abertas e receberem todas as propostas com o mesmo maravilhoso brilho nos olhos!!! Acho que quando estou em aula, fico fora do ar!!! Eu e meu computador!!!!



sexta-feira, 14 de maio de 2010

Protagonistas...um show à parte!!!












Tenho trabalhado como nunca!
Pesquiso, recorto, colo, penso, preparo, disparo! Nossa...que coisa mais veloz o ritmo da aprendizagem!
Não tenho tempo à perder! Meus filhos, quando estão em casa, pintam, recortam, colam e brincam com minhas criações. Fazer o que? Como mãe não posso descuidar daqueles que são meus!
Meu esposo (que também participa do processo de construção da aprendizagem) afirma que sou a "Rainha da Sucata".
Todos lá em casa já estão acostumados à cola quente, E.V.A., papéis coloridos, papel pardo, cartolinas, caixas, colas, tesouras, canetinhas, canetões e por ai vai...
Minha filha Maria Vitória, afirma que metade do meu diploma lhes pertence(quando e "se" eu o receber) e ela tem razão! Pela paciência que tiveram e têm, pelas vezes que estou ausente, por não conseguir estar 100% presente quando precisam, por me emprestarem seus ombros e secarem minhas lágrimas, por entenderem quando cansada durmo antes que eles, ou quando não durmo e fico estressada ou simplesmente quando silenciam para me ajudar!
Esta reflexão foi voltada para outros personagens que permitem que eu viva e reflita, para transformar a ação em sala de aula...os grandes protagonistas da minha vida:MINHA FAMÍLIA!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Conselho tutelar?Descrédito e desacreditado...

Estou cansada! Não aguento mais!!!
Calma, não estou pensando em desistir!!! Só estou questionando-me (como sempre) sobre buscar soluções, quem nos apoiará, sobre acomodar-se, que fazer???...vários questionamentos...algumas causas.
Se eu, como professora, falhar em qualquer área estarei sendo negligente e com certeza vou responder por isto, nem que seja com a minha consciência (muitas vezes a pior carrasca).
Mas tenho esbarrado na negligência e no descaso do poder público.
Como já escrevi em outra postagem, tenho dois casos de crianças mau tratadas e negligenciadas por seus pais. São crianças que exibem literalmente, as marcas de uma infância "marcada" pelos maus tratos e abandono.
Várias denúncias foram encaminhadas ao Conselho Tutelar. NADA FOI FEITO! Ao ligar para saber notícias, as denúncias nunca são encontradas. Sempre há uma ou mais desculpas: perderam-se, não chegaram, estão sem ter como averiguar e assim por diante.
Fica não a sensação, mas a certeza da impunidade.
Não confio e nem acredito no Conselho Tutelar e em seus membros nada dignos da confiança neles depoistada.
Chamá-los de porcos seria uma ofensa a estes animais que cumprem seus desígnios, mesmo acabando mortos!
E enquanto eles ficam sentados em suas cadeiras confortáveis com seus fartos sa)lários (recebidos indignamente e indevidamente), fazendo absolutamente NADA, muitas crianças como as minhas, padecem nas mãos de insanos pais em seus surtos e crises de maldade.
Gostaria que suas consciências os atormentassem todas as noites...até que realmente resolvessem trabalhar e salvar as crianças destas mãos e destes corações sem amor.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Afetividade...

Tenho vivido momentos de muita reflexão em função das circunstâncias que me cercam.
É uma sensação de:"já li sobre isto em algum lugar!!!"
Apesar de estar na sala de aula durante todo curso, acredito nunca ter tido uma turma tão heterogênea em termos de aprendizagem. E este fator tem-me feito lançar mão de recursos diversos para garantir a aprendizagem. Gostaria, sinceramente, de estar duplamente clonada para atendê-los em suas diversidades e não deixá-los esperando.
Tenho experimentado o desenvolver de laços afetivos e os resultados: uma turma mais autônoma, crítica, leve, onde aprender rende boas risadas(de felicidade), onde as faltas são mínimas e os casos de negligência(nada resolvidos pelo poder público)estão sendo desenvolvidos graças à atenção e carinho dados por todos da escola.
Não quero reduzir a inclusão à fatores afetivos e emocionais, uma vez que ela passa por fatores maiores, mas devo registrar que a afetividade tem sido uma porta de acessibilidade à toda e qualquer criança...fazendo maravilhas!!!
O que tenho descoberto? Que dá muito mais trabalho ser afetivo do que uma postura rígida...por isto está cheio de professores que optam por exigirem silêncio ao invés de darem carinho...E as crianças são sábias...desde seu nascimento...reciprocidade ao tratamento recebido...Portanto, mãos á obra:tudo ficaria mais fácil com carinho!!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Desafios!





A observação é um instrumento poderoso!
Antes de iniciar o estágio, passei a observar as características de minhas crianças. Características de aprendizagem, de trabalho, de personalidade...temperamento.
E graças à estas observações pude estabelecer com as crianças uma rotina diária que atende, intercala e associa o lúdico, os momentos de descontração(mesmo estes com objetivos determinados), às construções, aos momentos de registros, aos momentos "mais tranquilos".
Óbvio que algumas colegas já falaram dos constantes barulhos na minha sala, uma vez que torna-se impossível brincarmos, jogarmos e criarmos em silêncio, bem como o fato das crianças dificilmente trabalharem sentadas. Disseram acreditarem que o que estou construindo são alunos "desobedientes"(sic), mas já avisaram-me que ao chegarem em suas turmas "esta falta de disciplina vai acabar"!
Independente destas "ameaças terroristas", estou me deslumbrando com os caminhos que a minha turma está tomando.
Com uma exceção (caso de negligência familiar) as faltas reduziram drasticamente e quando elas acontecem vêm acompanhadas de justificativas dos pais. As crianças entram na sala até na hora do recreio(eu permaneço em sala neste momento). Passamos a rir juntos e organizamos nosso tempo de forma democrática
Tenho experimentado a alegria de ensinar, de criar. Fantoches, jogos pedagógicos, laboratório de informática, bonecos, boliches, brinquedos...podemos tudo!!!
Os cadernos assumiram uma posição secundária, bem como o quadro-de-giz. Claro que o usamos, mas desvinculadamente de ser o único recurso pedagógico.
As regras (e elas existem) estão sendo criadas "automaticamente" e estabelecidas de acordo com as necessidades.
O desafio da construção da aprendizagem, do conhecimento está sendo mais fácil a partir do momento que sei onde quero chegar e por que quero chegar lá, ou seja, a partir do momento em que um planejamento completo constitui, faz parte do meu dia e do dia das minhas criancas.
Estas imagens são do jogo de boliche dos animais em que trabalhamos a adição e a subtração e dos fantoches feitos por mim, em E.V.A., onde trabalharemos a inclusão através da história da Arca de Noé.
Vou indo...de desafios em desafios!!!

domingo, 18 de abril de 2010

De volta ao primeiro amor!

Fui questionada recentemente por uma colega, por ter aprovado uma aluna que ela julgava não ter condições.
Não avaliou e nem levou em consideração o fato de ser uma inclusão, ter uma história de abandono e toda questão de laudo médico confirmando Paralisia Cerebral e Deficiência mental Leve. Seus progressos não lhe interessavam (consforme suas próprias palavras) e estava avisando-me que a reprovaria, mesmo sabendo que estamos no início do mês de abril e, portanto, falta-nos 9 meses ainda de aula até o final do ano! Será que não haverá nenhum crescimento até lá?
Como dizer que alguém que não sabia segurar o lápis e agora lê, não sabe nada?
Saí incomodada desta conversa e desiludida(de certo modo). Esta aluna já está rotulada. Seu futuro já foi decidido e não há o que se possa fazer para mudá-lo. PRONTO! Diagnóstico feito...decisão tomada!
Causa-me tristeza ver um endurecimento tão grande no coração, no pensamento e nas práticas pedagógicas.
Lembrei de todas as vontades, o idealismo, as idéias que tive ao me formar professora e de certa forma questionei-me se ela também não os teve...
Se aquele entusiasmo digno de quem vive um primeiro amor existiu?
Se existiu...uma pontinha que seja, está na hora de se voltar ao primeiro amor!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pedagogia da compreensão.

Estive lendo um artigo de autoria de Vito Perrone, que coloca-nos a convocação dos alunos para irem além dos fatos, tornando-se solucionadores de problemas e pensadores criativos.
Busca-se assim uma visão de múltiplas possibilidades no que estudam e a aprenderem a agir à partir de seu conhecimento.
Esta busca pela aplicação da Pedagogia da Compreensão(algo nada novo) está em ascensão mais uma vez, acredito que em função do reconhecimento da necessidade de mudança na educação, assegurando educação de qualidade a todos os alunos, não apenas à elite social.
Temos visto o crescimento da busca por parte dos professores, de uma compreensão do que é ensinado e a lógica nos ensina que só há compreensão daquilo que é a realidade do aluno.
Por isso e para isso, o planejamento do professor deve ser suficientemente flexível e atraente servindo para todos alunos, todos os níveis de capacidade e rendimentos.
Um dos maiores desafios, sem dúvida, está em não passar uma mensagem padronizada e sim adaptá-la para atender aos alunos em particular . Afinal, se o objetivo do ensino é a compreensão, então os alunos devem ter atuação ativa na apropriação de suas idéias.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Liberdade de expressão!

Ontem, ao propor um desenho livre à minha turma, ouvi a seguinte colocação de uma das crianças de oito anos:
"Profe, não posso fazer desenhos, porque não sou bom nisto!"
Depois de estimulá-lo a tentar e afirmar que os lápis tornam-se mágicos quando estão nas mãos de crianças, lembrei-me imediatamente do texto: O menininho, trabalhado na interdisciplina de Didática no sétimo semestre., onde o menininho teve sua criatividade tolhida e passa a reproduzir a vontade da professora.
Comecei a observar e notei que ao distribuir as folhas para o desenho, mesmo falando, eles perguntavem o que era para ser desenhado ali!
Resolvi discutir com eles conceito de Liberdade...de ser Livre, de fazer algo livremente!
Gente!!!Que barbaridade!!! Sem iniciativas, sem auto-estima, sem vontade própria...Robôs.
Fiquei questionando-me sobre quem queremos criar? Que tipo de crianças estamos criando em nossas salas de aula? Meus alunos pedem se podem fazer tudo...se podem desenhar, se podem pegar o caderno, se podem emprestar o material, se podem lanchar, se podem falar, se podem ir ao banheiro...E eu me pergunto: será que eles podem ser crianças? Onde está a Liberdade de expressão? Onde está a criança que fomos?
Será que criarmos robôs é a única saída encontrada para combatermos a famosa "Indisciplina"? Será que estamos confundindo Indisciplina com Liberdade de expressão? Pois houve um tempo em que muito confundiu-se Liberdade com Libertinagem,quem sabe novamente estamos confundindo os termos e seus significados? Não posso acreditar que estejamos ainda criando frutos de uma educação castradora e completamente tradicional que muitos de nós, atuais "educadores", recebemos.
Esta na hora de abrirmos as algemas de nossos alunos!


Está na hora de abrirmos as algemas que colocamos em nossas crianças...

domingo, 4 de abril de 2010

Pensar, pensar, pensar...

Tem sido uma época reflexiva para mim!
Práticas que me levam a refletir sobre erros e acertos, leituras que fazem com que eu me veja no caminho ou à caminho, enfim, minha atenção toda voltada para os fins pedagógicos. Pego-me refletindo pedagogicamente até nos momentos de lazer.
Analisando à "luz de Freud" atos e atitudes dos outros e meus.
Pego-me meditando sobre o que Paulo Freire diria ou faria em determinada situação, sobre como aplicar as provas Piagetianas e assim trabalhar a inclusão...já perdi as contas das vezes que as colegas me chamam atenção por estar presente só de corpo nos lugares.
Meus pensamentos voam alto!
Falta-me tempo em um dia para fazer tudo que desejo, que sonho, que almejo!
Aquelas horas que passo em aula, perduram muito além do sinal de saída.
Discuto situações e saídas com as pessoas mais próximas, com a minha família! Peço conselhos, pesquiso, procuro...nunca estou contente com o limite alcançado, acredito que posso melhorar ainda mais.
Acho que o bichinho da insatisfação me mordeu!!!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Novos ventos...Vôos mais altos!

A professora Bea fez um comentário na postagem "Desconforto confortável", do dia 12 de março, afirmando que eu tinha elementos importantes para tentar o novo e como pensava aproveitá-los para voar alto junto com meus alunos?
Fiquei com este questionamento (entre outros), rondando meus pensamentos.
Existe toda infra-estrutura à dispor, agora é arregaçar as mangas e mãos à obra! Penso em trocas, intercâmbios com outras realidades, uma vez que agora temos microfones e caixas de som funcionando em todos os computadores, utilizando o SKYPE, trocar e-mails, quem sabe um Blog de registro das evoluções da turma até chegarmos aos textos feitos pelos próprios alunos.
Pretendo utilizar a brinquedoteca como uma extensão da sala de aula e com o foco observador, além de proporcionar ao aluno, ali, a possível construção de suas regras e negociação de significados, ao assumirem papéis diversificados.
Considerando cada ser humano como único e especial e respeitando suas necessidades e talentos, proporciona-se que haja crescimento e construção de potencialidades, estimulando para que haja liberdade, responsabilidade e respeito.
A escola através de verbas conseguidas está investindo em grandes benefícios para os alunos e na medida do possível, atendendo às necessidades dos professores. Dentro destes novos ventos, acredito que mais idéias aparecerão, que muito frutificará. Estar aberto e pronto para criar, para inventar, para construir, tendo o apoio e respaldo da equipe diretiva, dos professores,nossos formadores e o desejo das crianças aliado ao conhecimento e aplicação da teoria estudada, torna a aprendizagem mais divertida e por quê não dizer, SABOROSA!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Bloqueio...espero que criativo!!!

Gente! Socorro!!!
Até agora, acredito que devido à falta de obrigação, era extremamente fácil trabalhar com PAs, mas com a chegada iminente do ESTÁGIO...PUF!!!BLOQUEEI!!!!
Paralisei geral! Olho as crianças e penso: POR ONDE COMEÇAR?
Dúvidas e certezas? Estou cheia delas!!!
Minha supervisora! Ah! Que figura aterrorizante(mesmo antes de conhecê-la)!!! Tem assombrado minhas noites e tenho que confessar: algumas vezes tem me tirado o sono!
Acho que apesar de saber que o processo de aprendizagem é individual, me angustia a possibilidade de ver-me como incapaz de participar deste processo. Sinto o medo de que este processo, que deve ser prazeroso, acabe tornando-se doloroso, devido à minha inaptidão.
Sei que estas sensações não serão impecilhos para uma ação de participação e construção do conhecimento, mas preocupa-me hoje, muito mais do que antigamente, que marcas estou ajudando à formar muito mais com o meu exemplo do que com as minhas palavras!
Acho que estou bloqueada! Enlouquecendo eu tenho quase certeza que sim!!! Fico vendo a hora que vou começar a falar sozinha...ou quem sabe querer que os móveis me respondam!!!

terça-feira, 23 de março de 2010

Medo e Ousadia!

Estou lendo um livro chamado:Medo e Ousadia, o Cotidiano do professor, de Paulo Freire e Ira Shor, lançado em 1985.
Apesar de ser uma conversa entre os dois, em que eles discutem e exemplificam questões como: O que é ensino libertador? Como é que os professores se transformam em educadores libertadores? Como é que começam as transformar os estudantes?...e outras tantas, fiquei meditando à respeito de uma parte que Paulo Freire diz:
"Uma pedagogia autoritária, ou um regime político autoritário, não
permite a liberdade necessária à criatividade, e é preciso criatividade para se aprender." (Medo e Ousadia, o Cotidiano do professor, de Paulo Freire e Ira Shor,pág. 31, 5ª Edição, Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1986.)

Tenho observado meus alunos, tentando entender O QUE LHES AGRADA? O que fazer para tornar a aprendizagem mais suave, mais criativa em uma turma acostumada à filas e folhas? Em que trabalhar e aprender significa encher o caderno?
Ousar ou criar é sinônimo de não ter feito nada!!!
Eles são pequenos e me angustia que estejam tão arraigados e agarrados à uma rotina tradicional.
Meu maior desafio, no momento, é quebrar-lhes as "amarras" do convencional, do tradicional para que ousem sem medo de criarem, sem medo de serem quem são: CRIANÇAS!

domingo, 21 de março de 2010

Antonio Banderas...A pedagogia do Oprimido!!!

Ontem à noite estava cansadinha de pensar e formular todo roteiro de observação, então parei e fui assistir à um filme. Uma produção de 2006, chamada: Vem dançar! Com o magnífico Antonio Banderas. Mas aqui não falo de um artista e sim da obra em questão.
Conforme assistia ao filme, fui vendo que ele era uma resposta às angústias que as vezes me assaltam em relação ao Estágio. Porquê digo isto? Por que não posso evitar de olhar meus alunos e pensar muitas vezes: por onde começar? Mas já começamos!!!! Não o estágio,mas o ano letivo!! Que fazer com as negligências paternas e maternas? Como vai ser daqui para frente? Perguntas, angústias, decepções, tristezas, indecisões...tudo junto e justo no estágio!!!!!
Ai entra o que assisti ontem! Que "injeção" de ânimo! Fez com que percebesse que meus alunos precisam que eu acredite mais neles do que em mim! Que o nosso sucesso será estarmos juntos para aprendermos juntos!
Ao acreditar nos alunos que ninguém queria, Pierre Dulaine, resgata e restaura a auto-estima do grupo, faz com que acreditem mais em si mesmos, que ao saber quem e o que são e sentirem-se seguros, saibam serem melhores e saiam daquele círculo e rótulo determinado pelos outros.
Pude reconhecer em algumas passagens do filme o perfil de alguns colegas, pude ver meu desânimo sendo expresso na tela e com certeza os preconceitos e atitudes que destroem muitas vezes nossos alunos.
Sugiro que todos professores pudessem assistí-lo,pois além de beleza e técnica, é sem dúvida uma aula de Pedagogia...um estímulo!!! Acredito que Antonio Banderas deva ter tido aula com Paulo Freire!!!!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Desconforto confortável!

Às vezes depararmo-nos com a idéia de algo novo causa desconforto.
Ficamos imaginando, supondo, idealizando, calculando, falando, brigando, antecipando...sofrendo antecipadamente!
Muito mais do que isto, deveríamos estar sonhando, querendo, buscando, "arquitetando", somando, multiplicando,alegrando, enriquecendo...melhorando.
Percebi isto ao encarar a mudança na equipe diretiva da minha escola.
Ao pensar na mudança, à princípio, antecipei problemas, briguei com a idéia, supus muita coisa, imaginei outras tantas!!!
Quando retornamos às aulas...mudanças perceptíveis e surpreendentes!
A escola tem grandes melhorias! Agora temos: brinquedoteca, um laboratório de informática completamente aparelhado, infraestrutura à nosso dispor, materiais à disposição, projetos dando respaldo...uma verdadeira avalanche de mudanças...e todas boas, muito boas!
Acredito que assim, estamos dando mais um passo em direção à uma educação de qualidade. Buscando parcerias, apoios, verbas vindas de projetos e melhoria na formação dos professores.
Tenho percebido que, mesmo com todos os problemas graves com que a educação passa, na minha escola há um clima otimista, cheio de "cheiros" de mudança, de vontade, de ânimo.
Agora o novo nos é confortável!