segunda-feira, 29 de junho de 2009

PAI...

Minha postagem de hoje é uma homenagem, um carinho ao meu pai. Neste final de semana, mais precisamente ontem(28/06) perdi uma das pessoas que mais amo no mundo...Fiquei olhando para ele durante o velório e me perguntando de onde veio tanto amor.
Lembrei das mamadeiras na cama, das vezes que ele me vestiu para ir à escola, dos beijos, dos abraços, dos carinhos, de quando me ensinou a dançar colocando-me em cima dos seus pés, do primeiro corridão no namorado, das lágrimas que ele enxugou, de todas as milhares de vezes que me carregou de carro prá onde eu quisesse, do "bolso sem fundo", das horas de estudo junto, das vezes que ele foi dicionário, calculadora, treinador, incentivador, mas principalmente das vezes que ele foi meu pai...Lembrei que durante todos os meus quase 40 anos, ele nunca me deixou sem uma resposta...toda pergunta que eu fiz ele me respondeu. Não foi perfeito, mas quem o é? Tivemos nossas brigas, mas nunca soube o que foi um tapa vindo dele. Eu tenho certeza que o magoei algumas vezes, mas ele nunca deixou de falar comigo. Mesmo doente e cansado, tínhamos planos juntos, planos feitos para o futuro, mas agora não temos mais este futuro juntos. Pai: ainda bem que te disse o quanto te amo enquanto ainda era tempo. Ainda bem que te beijei o quanto quis, mas saibas que ainda poderia ter beijado mais e te dito que te amava mais...pois tudo seria ainda pouco para expressar o que sinto.
Agora? Ficou a dor da separação e da saudade...e olha...dói mesmo, demais...
Escolhi esta foto que apareces com a capa de Super Pai e o troféu que ganhaste de melhor pai do mundo, junto com o Dedé, eu e o Thiago...no teu último aniversário.
Fica uma certeza: aprendemos o que nos ensinaste e pedimos sempre à Deus que saibamos ser uma parte do que foste.
Te amo, Pai.

sábado, 13 de junho de 2009

Decadência da alfabetização!

Muito se discute sobre a obrigatoriedade ou não em alfabetizar o aluno no 1º ano (ensino fundamental com 9 anos).Foi lendo e refletindo à respeito que cheguei a formar minha opinião.
Analisei dois ambientes diferentes em uma mesma situação, ou seja, duas turmas de 1º anos. Uma em escola pública outra em escola particular.
Começo pela realidade alcançada ao final do ano letivo de cada ano: na escola particular 100% de êxito, na alfabetização em duas (2) turmas. Na escola pública 50% de êxito nas três (3) turmas.
Cada argumento encontrado, um contra-argumento apresentado!
Para começar,coloca-se a desorganização familiar como motivo para o fracasso na alfabetização, pois as separações, as constantes trocas de parceiros e parceiras, as mudanças de endereço, prejudicam a frequência e quando não a prejudicam, pois o aluno não falta, ele vai mas não leva o material , alguém (que ele não sabe quem ) ficou responsável pela organização e não houve esta organização.
Mas este é um argumento da escola pública, embora a contra-argumentação ofereça que estas mesmas situações aconteçam com as famílias das escolas particulares. Portanto, situações comuns à ambas escolas.
Outro argumento seria a desnutrição. Aluno com fome não aprende. Certo? Então como explica-se o aumento de anorexia e bulemia nas séries iniciais das escolas particulares? Fruto de uma cultura em torno do "corpo perfeito". A falta ou diminuição na aprendizagem não é um dos sintomas da doença e sim o aparecimento evidente da desnutrição, entre outros. Ambientes diferentes, situações diferentes, causas diferentes, mesma desnutrição...resultados diferentes!
Violência familiar seria outro argumento. Mas sabemos que ela permeia todos os níveis. E o que é pior: nas famílias das "ditas" classes mais altas ela é muito mais "facilmente" escondida ou camuflada.
Crianças são crianças em qualquer lugar...estão à espera...algum trabalho precisa ser feito!!!Alguém precisa querer trabalhar!!!
Muito teria a comentar, como metodologia, formação, acomodação, salários, questões raciais, inclusões, mas por mis que existam um abismo de diferenças, afirmo acreditar que a vontade, o conhecimento, a busca, a paciência, o amor e a desacomodação podem mudar este quadro de decadência da alfabetização!!!

Múltiplas linguagens!

Achei interessante um artigo publicado na Revista Nova Escola de dezembro de 2007, onde fala da inclusão de alunos indígenas surdos.
Fala da realidade que conhecemos onde muitas vezes o aluno fica fazendo número, sem aprender, até que seu problema é diagnosticado.
Como em qualquer outra população, a primeira dififculdade encontrada é na própria família, onde os deficientes são encarados como um impedimento à sobrevivência de um povo, o que acarreta um trabalho imenso à equipe pedagógica ter que convencer os pais à permitir o convívio com outras pessoas da comunidade.
No passado, era comum que ao detectar em uma criança indígena qualquer diferença do restante do grupo, ela fosse abandonada ou até morta. Ainda hoje, em muitos casos, ela é retirada do convívio social e não estuda.
Depois desta barreira, vem a garantia da aprendizagem ao incluir o aluno, uma vez que os surdos da comunidade tinham alguns sinais compartilhados, necessitando levar os professores à conhecerem o gestual para melhorar a comunicação e levarem os surdos à aprendizagem.
Durante todo artigo, uma certeza foi crescendo dentro de mim: toda inclusão precisa nascer de uma vontade...vontade muito grande de que o aluno aprenda, seja feliz e sinta-se incluído não só na escola, como na sociedade.

Desacomodação X incomodação!

Tenho observado situações ao meu redor, com as crianças em aula, com minha família, com quem conheço...O que somos? No que nos transformamos? Não estou com crise existencialista e nem de identidade! Mas vejo falta de paciência por todos os lados!!!
Nós adultos, costumamos querer que as crianças pensem e ajam como nós...e ai delas se não o fizerem!!! Posso testemunhar que vi algumas "casas caírem"!
Quem nos conferiu o título de "donos da verdade absoluta"? O que nos dá este direito?
Por que uma criança está errada ao querer rir em aula? Qual o crime em ser feliz? Por que ela não tem o direito de não querer realizar uma tarefa que não lhe chamou a atenção?
Por que? Porquê são desafios que elas nos lançam! E quem de nós gosta de ser desafiado? Desafios geram desacomodação e se não gerarem desacomodação e por conseguinte, buscas, geram incomodação! Como nos incomoda, por vezes, o olhar questionador de uma criança!!! Como a sua ânsia de descobrir e viver nos perturba...
Tenho observado que o fato de sermos adultos nos confere o "grau" de doutores em comportamento! Pelo menos no comportamento dos outros!