quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estágio...Winnicott ensina!

No 8º semestre, foi a hora decisiva e angustiante, no início, onde faríamos o Estágio...supervisionado.
Estava inquieta e angustiada com o fato de ter uma turma diferente do que já havia tido...completamente dependedentes da fala e da ordem da professora, sentados enfileirados, acreditavam que estudar, conhecer só se dava ao utilizar o caderno e o quadro de giz.
Tinha duas inclusões da classe especial e mais algumas informais, que chamavam minha atenção, por serem alunos sem laudo, sem direito à atendimento extra classe, sem ajuda da família e, portanto, casos de alunos exclusos e multirepetentes.
Observei o resultado do abandono, do descaso em tratar, da negligência e dos maus tratos, quando os pais não exercem seu papel de cuidadores e delegam à escola este papel e a escola ao invés de buscar incluí-los, exclui-os.
Quando se tem um aluno, ou mais, que não segue o estereótipo desejado pelo professor, este aluno é rotulado, descriminado e mantido longe das chances de construir suas aprendizagens.
Foi este ponto que permeou meu estágio: de que maneira conseguiria incluí-lo de maneira efetiva e responsável, na rotina da sala de aula...Todas as atividades propostas com a turma e individualmente para ele visavam a construção do conhecimento e incluí-lo na turma, de maneira que ele apreciasse aprender, apreciasse construir.
Enquanto ele aprendia, ele me ensinava. Eu aprendi com ele que a dedicação, a construção, o holding("colo") que Winnicott tanto falava, na escola deve ficar à cargo da professora. Pois é ela que precisa acolher e resignificar a aprendizagem do aluno ex(in)cluso.

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