sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Perrenoud...

A professora Íris disponibilizou-nos um texto escrito por ela, mas onde cita Perrenoud, que nos coloca a necessidade de escutar a criança, a liberação da palavra, o desenvolvimento da capacidade de expressão e ao mesmo tempo a capacidade do professor em manter a ordem, a segurança, o silêncio e a disciplina, além de autorizar somente atividades ligadas ao plano de estudos da aula, proibidos de saírem sem autorização e sem precauções.
Como lidar com esta ambiguidade? Com este ser e este ter que fazer?
De um lado nós, os professores, responsáveis por mediar a aprendizagem e conduzir os alunos pelo gostar, pelo querer estar na escola e por outro, seguir os conteúdos, manter a ordem e a disciplina, enfrentar os colegas que não mudam suas concepções, estão acomodados e não querem assumir alunos vindos de "tanta permissividade".
Durante muito tempo nos sentimos culpados e fomos culpados...pela sociedade, pelos órgãos governamentais, pelos colegas, por nós mesmos, mas por que? Porquê ficarmos nos culpando ou procurando um culpado é mais fácil do que arregaçar as mangas e mãos à obra. Porque esperamos que tudo mude de uma hora para outra...que o nosso "novo eu" nasça com toda força e o "nosso velho eu" morra de vez...doce engano!!!
Isto é o que a professora Íris nos coloca neste texto, que devemos agregar, integrar o passado com as novas perspectivas, analisando nossas resistências, realizando paradoxos, identificando bloqueios e contradições que não podem ser superados negando-os, para assim, aceitar a imensa dificuldade da tarefa e mudar nossa relação com a mudança.
E viva Perrenoud!!!Soube tão bem colocar em palavras o que todos gostaríamos de ouvir...


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