terça-feira, 25 de agosto de 2009

Bom humor como receita!!!

Tenho analisado a realidade escolar e acredito que exitem duas línguas diferentes, sendo faladas na escola: a do professor e a do aluno. Não estou a procura de culpados, nem de vítimas. Para Bernard Charlot, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8, esta diferença há porque para os alunos há uma lógica no ato de estudar e para os professores há outra. Em suas pesquisas, descobriu que a maioria dos estudantes gosta de ir à escola para comer, namorar e brincar. Para eles, os estudos, trabalhos e as pesquisas, existem para atender apenas aos interesses da escola. Ou seja, professores pensam que ensinam e alunos pensam que estudam.
Esta maneira acaba levando aos conflitos, pois o professor explica várias vezes, sem obter sucesso, considerando o aluno incapaz e este por sua vez, acredita que o professor não sabe ensinar.
O que nos falta, enquanto professores?
Na verdade é preciso ter muito jogo de cintura. O professor espera encontrar em sala de aula seu "clone": alguém crítico, reflexivo e dedicado, com o acréscimo da obediência.
O que gera uma contradição: como ser ao mesmo tempo crítico, inquieto com a realidade e obediente?
Para melhorar isto, é preciso que o professor se relacione com o aluno, que não o trate como um anônimo, ou um número de chamada. Para haver este relacionamento, o melhor remédio seria acrescentar o humor e assim enfrentar as contradições do Universo da Educação.

3 comentários:

Gabriel de vargas disse...

Carla visitando alguns blogs, me depaei com o teu e com essa postagem que muito mexeu comigo,sou muito bricalhona muito bem humorada,só que ultimamente comecei a me perguntar, devido algumas obsrvações de colegas, se estava correta se realmente essa maneira de dar aula, embora tenha certeza de que os alunos aprendem, está pedagógicamente correta, esa tua postagem me tranquilizou e mostrou-me que o caminho é esse, obrigado.
Beijos.

DENISE RIBEIRO MARTINS disse...

Desculpe Carla, mas Gabriel era um aluno meu e a última vez que postei no blog dele não sai, por isso o comentário saiu com o noe dele, sou a tua colega Denise

Beatriz disse...

Que pena!! Ficaria tão feliz se fosse o Gabriel mesmo!! Teríamos a visão do outro lado da história. Tens razão, não há culpados sozinhos, todos somos de uma certa cupados, por isso, todos nós temos que fazer força para mudar. A tua receita de juntar bom humor com limites me parece ótima. Acredito que os alunos gostariam.
Um abração
Bea