quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Continuo...sempre!




Estive afastada daqui!!! Mas nunca de maneira definitiva. Sempre voltava lia e relia as postagens e comentários, mas a falta de tempo acabou afastando-me da frequência com que conseguia escrever antes.


A formatura chegou...as emoções também e resolvi continuar...Então, estou estudando...novamente!!!

Inscrevi-me e fui aprovada no processo de seleção para o curso de Especialização em Educação Especial e Processos Inclusivos na UFRGS e sigo a formação...muito contente com os resultados!!!

Senti muito a diferença entre uma modalidade de ensino (EAD) e outra (presencial), foi muito difícil adaptar-me às diferenças entre uma e outra. Acho que agora estou começando a conseguir!!!

Fora estas dificuldades, as aprendizagens foram acontecendo, as ideias entrando em ebulição e com isto vieram as vontades de provocar mudanças no ambiente em que trabalho.

Tenho pesquisado e estudado a implementação da adaptação e flexibilização curricular aos alunos com necessidades especiais, como forma de garantir suas aprendizagens e diagnosticá-las de maneira efetiva.

Baseada na leitura e estudo de Resoluções e Pareceres, tais como o Parecer nº56, percebi que o aluno incluso está "atirado", recebendo uma nota ou conceito, mas as suas aprendizagens ou dificuldades não são detectadas, nem trabalhadas. Este "não importar-se" com a aprendizagem, uma vez que o aluno está aprovado antecipadamente, por ter garantido sua aprendizagem no seu tempo, gera uma falta de atenção em relação ao aluno com necessidades especiais, o que culmina com o abandono do aluno a sua própria "sorte" e uma negativa de chance de realmente aprender.

Tem sido um assunto que me chama muito a atenção! Tenho acompanhado erros imensos, escolas perdidas e sem um norte quanto ao que fazer... Escolas que estão achando que fazem inclusão, quando estão promovendo a exclusão efetiva...E nada é visto por ninguém.

Será que nossas crianças com necessidades especiais devem sentir-se gratas por estarem tendo esta "chance maravilhosa" de conviverem com os ditos "normais" e por conta disto emudecerem suas vontades e desejos de aprendizagens? Está na hora de mudarmos nossa visão, está na hora de mudarmos a nossa educação...sem esperar por aqueles que não vão fazer nada, precisamos parar de esperar pelo "outro" para começarmos algo...

Até quando vamos varrer os nossos erros para baixo do tapete?








sábado, 27 de novembro de 2010

Concluindo..."Palavreando"!!!!

Estive refletindo sobre este tempo todo de PEAD.
Foram 4 anos de postagens. No início nada frequentes, depois passaram a ser registros de aprendizagens que foram aumentando.
E foi a partir daí que pensei em quantas palavras foram escritas! Quantos pensamentos expressos! E depois mudados!!! E daí o poder das palavras...mais articuladas, menos preparadas, mais fortes, de revolta, de alegria, pedagógicas ou simplesmente de amor...não precisa o absolutismo, a única certeza...precisa coerência.
Que a junção das palavras sejam de demonstração de crescimento, de aprendizagem.
Durante esta caminhada no PEAD, mesmo que não tivesse dado-me conta as palavras assumiram uma conotação extremamente importante, pois retratam um processo em ebulição. Ora repletos de arrogância, ora disfarçando a ignorância, ora contemplando um emaranhado de aprendizagens, ora demonstrando tristezas e mágoas eminentes, por vezes alegrias e felicidades estupendas.
Concluo pensando o valor das palavras e principalmente o quanto registrá-las se faz necessário. Só foi possível perceber se houve ou não crescimento através, também, da retomada, aprofundamento e reflexões em cima do que foi escrito anteriormente.
E eu? Sigo...palavreando!!!!!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tempo de idéias!


Finalmente chegamos ao último semestre!
Não coloco isto pela felicidade em estar acabando, porque estou com a sensação e o "gostinho" de quero mais.
Mas porque chegamos ao período de construção do TCC! Medos, questionamentos, dúvidas...construções, "desconstruções", verdadeiras "demolições", orientações e por vezes desorientações, muita leitura, muita pesquisa, concentração, foco!!! UFA! É um período em que tudo é muito.
Adquiri um conceito novo em matéria de MUITO e MAIS, onde tudo que é MUITO fica redundante e tudo que é MAIS vira MENOS.
Muitos teóricos, muitas leituras, fundamentação e argumentação...passei a travar uma batalha com a formatação da ABNT, as citações e referências, criando confusão, o mundo burocrático que interfere e se faz necessário.
Tem sido um momento de reflexãoem cima de um foco, de uma pergunta, de uma questão.
Momento de concentração e escrita. Momento de sentir e teorizar, momento de comprovar e de pensar a prática.
Me sinto alinhavando uma roupa! Construindo pedaços de um todo e juntando-os...
Tem sido um momento tumultuado, mas de muita produção.
Um tempo que sei que vai trazer saudade!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Estágio...Winnicott ensina!

No 8º semestre, foi a hora decisiva e angustiante, no início, onde faríamos o Estágio...supervisionado.
Estava inquieta e angustiada com o fato de ter uma turma diferente do que já havia tido...completamente dependedentes da fala e da ordem da professora, sentados enfileirados, acreditavam que estudar, conhecer só se dava ao utilizar o caderno e o quadro de giz.
Tinha duas inclusões da classe especial e mais algumas informais, que chamavam minha atenção, por serem alunos sem laudo, sem direito à atendimento extra classe, sem ajuda da família e, portanto, casos de alunos exclusos e multirepetentes.
Observei o resultado do abandono, do descaso em tratar, da negligência e dos maus tratos, quando os pais não exercem seu papel de cuidadores e delegam à escola este papel e a escola ao invés de buscar incluí-los, exclui-os.
Quando se tem um aluno, ou mais, que não segue o estereótipo desejado pelo professor, este aluno é rotulado, descriminado e mantido longe das chances de construir suas aprendizagens.
Foi este ponto que permeou meu estágio: de que maneira conseguiria incluí-lo de maneira efetiva e responsável, na rotina da sala de aula...Todas as atividades propostas com a turma e individualmente para ele visavam a construção do conhecimento e incluí-lo na turma, de maneira que ele apreciasse aprender, apreciasse construir.
Enquanto ele aprendia, ele me ensinava. Eu aprendi com ele que a dedicação, a construção, o holding("colo") que Winnicott tanto falava, na escola deve ficar à cargo da professora. Pois é ela que precisa acolher e resignificar a aprendizagem do aluno ex(in)cluso.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Água da fonte!

No sétimo semestre, ou seja, 2009/02, passei a dedicar-me com mais afinco aos estudos. Passei a me aprofundar mais na busca por embasamento teórico. A inquietação da mudança em minhas ações, fez-me buscar mais, conhecer mais.
Pesquisava artigos, lia livros e quanto mais eu lia e conhecia, mais mudanças aconteciam.
Aprendizagem não rima com mediocridade. Percebi, com embasamento teórico e prático, que as aprendizagens que estava tendo diariamente e que envolviam ou abrangiam desde como se dá a construção do conhecimento até a Educação de jovens e adultos, não mais passavam por mim sem provocar "efeito", alguma "reação"...geralmente de mudança para melhor.
As aulas foram todas importantes, afinal beber da água limpa "direto da fonte" é algo muito bom, também.
Nas aulas de LIBRAS desmistifiquei muitas idéias erradas que tinha tais como: todo surdo é mudo e vice-versa, tratava LIBRAS como uma linguagem e não como língua, tal qual a portuguesa e desconhecia o básico à respeito desta necessidade especial.
Em EJA nos foi possível discutir a situação proposta ao ser criada e a situação atual nada agradável. Fizemos os Banners para apresentação dos trabalhos em grupo e apresentamos em aula, discutindo e mostrando esta situação em que a Educação de Jovens e Adultos encontra-se.
Em Linguagem e Educação uma das partes que mais me chamou atenção foi a questão da fantasia na criança. Estava enfrentando pressão de colegas para encaminhar um aluno para tratamento especializado porque ele fantasiava histórias.
A partir do estudo e das leituras, propus-lhe que escrevesse em um caderno o que fantasiava. O resultado? Ótimas histórias, ao meu ver e ainda hoje ele me encontra na escola e diz que seu caderno está quase cheio.
Concluo esta postagem feliz, pois o "saldo" ao final do semestre foi positivo ao me fazer crescer como pessoa, profissional e principalmente por continuar a mudança, que ao meu ver, deve ser permanente, como educadora...

domingo, 17 de outubro de 2010

Efervescente!


"Os "olhos " com que "revejo" já não são os "olhos" com que "vi". Ninguém fala do que passou a não ser na e da perspectiva do que está passando". Paulo Freire.
Começo esta postagem com a citação de Paulo Freire por demonstrar exatamente como tenho me sentido ao olhar, ao reler minhas postagens.
Relendo as situações, experiências, momentos vividos.
Neste primeiro semestre, tentei aplicar em aula o PA, conforme as professoras o tinham feito conosco. Foi ótima a recepitividade, as crianças começaram a serem autoras a sua própria aprendizagem. Foi ao abrir o "leque de opções" para uma aprendizagem construída e ver o quanto era prazeroso aprender e ensinar desta forma, que pude começar a olhá-los de maneira única e individual. Estudávamos sobre inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais e questões étnicoss raciais e foi lendo e pesquisando sobre inclusão que meu olhar voltou-se para outro lado, que muitas vezes achamos inviável, e percebi ter um aluno com altas habilidades. Encaminhamentos foram feitos, na hora do laudo final a constatação: o aluno tinha altas habilidades.
No final do semestre, quando as aprendizagens estavam ''efervescendo" na minha cabeça, mudando a minha vida como aluna, mãe e principalmente como educadora, quando a vontade de pesquisar estava despertando em mim o desejo de querer mais, de continuar a estudar, de cada vez mais buscar aprender a construir com meus alunos, com meus alunos, meu pai teve a sua situação de saúde agravada, necessitando de companhia e cuidados constante. Durante este período, ao fazer companhia a ele, conversamos muito sobre educação (quando estava lúcido), sobre a alegria de estar mais perto da formatura, sobre os planos para este dia...Ao lado dele, quanto mais estudava e lia, mais crescia a convicção, a certeza de que podia melhorar a cada dia. Após a morte do meu pai, veio a confirmação de que nunca aprende-se tudo em plenitude e que pior do que iqnorar algo é querer permanecer na iqnorância.
Por ele...pelo que vivemos quero crescer a cada dia mais.

domingo, 10 de outubro de 2010

Um ninho com ouro!


No segundo semestre de 2008, começamos a experimentar e conhecer o PA (projeto de aprendizagem).
A melhor maneira de aprendermos? Experimentando. E foi isto que fizemos. Exploramos nossa curiosidade, nossos conhecimentos prévios, enumeramos nossas dúvidas temporárias e certezas provisórias. Pesquisamos, escrevemos coletivamente e registramos descobertas.
Com o tempo, fomos confirmando ou não as certezas provisórias e respondendo às dúvidas temporárias.
Minhas postagens e reflexões foram voltadas para esta parte e também para as aprendizagens sobre Organização e Gestão Escolar, Organização do ensino fundamental e Escola, cultura e sociedade.
Conforme estudava misturava, em algumas postagens, indignação e esperança em relação à situação que eu vivia na minha escola.
Era uma situação de confrontar o estudado com a realidade...dura realidade!
Aprendi e conheci leis que eram "distorcidas" ou utilizadas de acordo com as "necessidades" dos gestores.
Este segundo semestre também foi pontuado por continuar de licença gestante, cuidando do pequeno Miguel em casa. Lembro que mesmo com ele pequeno, aproveitava os momentos que estava amamentando, ou que ele dormia (que eram muitos!) ou quando meu esposo chegava em casa com saudades, querendo pegá-lo, cuidá-lo e eu lia os textos e realizava as atividades.
Foi uma época corrida, porém proveitosa!
Neste semestre que passei a perceber o quanto podia e tinha condições de aprender mais e mais. Me vi uma ignorante em matéria de leis e organização e gestão escolar.
Um semestre puxado...um semestre a mais que foi muito valioso!
Mesmo estando no meu "ninho" as aprendizagens foram valiosas!!!